Estudo comparativo do efeito branqueador de distintas concentrações e procedimentos de activação do peróxido de hidrogénio

  1. Castro, Liliana
Dirigida por:
  1. Leopoldo Forner Navarro Director

Universidad de defensa: Universitat de València

Fecha de defensa: 20 de enero de 2011

Tribunal:
  1. José Vicente Bagán Sebastián Presidente
  2. Amparo Ruiz Sauri Secretaria
  3. Cristina Lucena Martin Vocal
  4. Cristina Teixeira Vocal
  5. Rosa María Pulgar Encinas Vocal
Departamento:
  1. ESTOMATOLOGIA

Tipo: Tesis

Teseo: 317979 DIALNET

Resumen

Na actualidade o branqueamento dentário evolui no sentido de procurar produtos e procedimentos que aumentem a eficácia do tratamento e minimizem a possibilidade de efeitos adversos. Assim, o objectivo deste trabalho foi determinar a influência da alteração da concentração do peróxido de hidrogénio e do procedimento de activação na eficácia do branqueamento não vital em consultório. Foram utilizados 55 incisivos centrais superiores íntegros extraídos, de cor igual ou mais escura que o D3, medidos com um espectrofotómetro Vita EasyShade. Foi efectuado o tratamento endodôntico e o selamento cervical em todos os dentes, de acordo com os protocolos estabelecidos, para simular a situação clínica. Os dentes foram divididos em 5 grupos de estudo, de acordo com a concentração e o procedimento de activação utilizados, com 10 dentes cada um deles, e um grupo controlo com 5 dentes, nomeados da seguinte forma: Grupo I ¿ peróxido de hidrogénio a 15%, quimioactivado, Illuminé Office; Grupo II ¿ peróxido de hidrogénio a 35%, quimiofotoactivado, Pola Office; Grupo III ¿ peróxido de hidrogénio a 35% quimioactivado, Whiteness HP Blue; Grupo IV ¿ peróxido de hidrogénio a 35%, fotoactivado, Quick White; Grupo V ¿ peróxido de hidrogénio a 35%, quimioactivado, Pure; Grupo controlo ¿ soro fisiológico. Nos grupos de trabalho foram realizadas duas sessões de tratamento, de acordo com o fabricante, sendo o agente branqueador colocado externa e internamente. A cor dos dentes foi medida com o espectrofotómetro, antes do procedimento, depois de cada sessão de tratamento e duas semanas e um mês depois da última sessão. A eficácia do agente branqueador foi avaliada através do cálculo da percentagem de branqueamento, da variação da cor composta, da luminosidade e do croma alcançados por cada grupo em cada um dos períodos de tempo referidos. Na comparação entre as concentrações de peróxido de hidrogénio utilizadas, tendo em conta o cálculo da percentagem de branqueamento, a maior concentração obteve sempre o melhor resultado mas com diferença estatística significativa só nos resultados imediatos com o grupo de menor concentração. A regressão de cor depois do tratamento aumentou com a diminuição da concentração, sem diferenças significativas entre os grupos. Tendo em conta o cálculo da variação de luminosidade a eficácia aumentou com a diminuição da concentração do peróxido de hidrogénio, não existindo diferenças estatisticamente significativas entre os grupos duas semanas e um mês depois do tratamento. A recidiva aumentou com a diminuição da concentração do peróxido de hidrogénio. Nos resultados imediatos croma aumentou em todos os grupos quimioactivados associado à diminuição da concentração, tendo diminuído, também em todos os grupos, duas semanas e um mês depois do branqueamento, sem diferenças significativas entre eles. A diminuição do croma depois do branqueamento, associada à diminuição da concentração do peróxido de hidrogénio, indica não só a ausência de regressão mas também a continuação do efeito de branqueamento. Na comparação dos procedimentos de activação, tendo em conta o cálculo da percentagem de branqueamento e da variação de luminosidade, verificou-se que o grupo quimiofotoactivado foi o mais eficaz e o quimioactivado o menos eficaz. A maior diminuição do croma foi conseguida pelo grupo fotoactivado, seguido do quimiofotoactivado e depois pelo quimioactivado, indicando, novamente, a maior eficácia dos procedimentos fotoactivados. A menor recidiva foi sempre do grupo quimiofotoactivado e a maior do quimioactivado, excepto nos resultados obtidos pelo cálculo da variação de luminosidade onde os grupos com fotoactivação tiveram a maior recidiva, embora sem diferença significativa com o grupo quimioactivado. Assim, a partir dos resultados obtidos neste trabalho pode-se concluir que o peróxido de hidrogénio, em qualquer uma das concentrações utilizadas, e associado a qualquer um dos procedimentos de activação utilizados, é eficaz no branqueamento não vital em consultório.